sábado, 21 de maio de 2011

Estação de Tratamento de Água - ETA

Ela instalada quando a água bruta utilizada pela população, está imprópria para o consumo.
Geralmente esse sistema é instalado próximo de um manancial, que pode ser um rio ou represa, muitas vezes necessitando de uma Estação Elevatória para bombear a água até a entrada da Estação de Tratamento de Abastecimento.
Na entrada do sistema há um gradeamento que tem por finalidade deter os materiais flutuantes de maiores dimensões, evitando assim o desgaste e destruição dos esquipamentos.
A Estação de Tratamento é composta das seguintes fases:

1) Coagulação e Floculação:
Essa etapa tem o objetivo de transformar as impurezas que se concentram em suspensão (partículas finas, bactérias, etc), materiais colidais (cor, ferro, manganês oxidado, etc) e alguns materiais dissolvidos em partículas gelatinosas (flocos). No processo de coagulação, é utilizado o coagulante químico sulfato de alumínio, que, após determinação em laboratório da dosagem ótima, é adicionada à água bruta em zona de grande turbulência. Após essa mistura, a água escoa para o floculador (zona de mistura lenta) para uma boa constituição e agregação das impurezas.
A água floculada passa, através de canais, para a fase seguinte que é a decantação.

2) Decantação
A água floculada escoa por gravidade para o decantador onde ocorre a separação das fases líquidas (água) e sólida (flocos), em virtude da velocidade da água ser bem moderada nesta etapa.
A qualidade da água decantada é excelente em relação à água bruta, mas não é suficiente para distribuí-la à população. Assim é necessário que haja à eliminação das partículas finas ainda existente na terceira etapa do tratamento, que é a filtração.

3) Filtração
Nessa etapa, a água passa nos filtros através de leitos de areia, com granulométrica variando entre 0,50 a 0,65 mm, sustentada por camadas de seixos (cascalhos, pedras de diversos tamanhos), sob as quais existe um sistema de drenos.
A água, após a filtração, encontra-se tratada no ponto de vista físico químico sendo, então, necessário realizar-se a desinfecção.

4) Fluoretação
Após a filtração, é realizado esse processo, que através da adição de ácido fluossilício, que tem como objetivo prevenir o aparecimento da cárie dentária, na áreas mais carentes

5) Desenfecção por Cloração
A desinfecção é realizada através da dosagem de cloro gasoso. Para que esse processo ocorra adequadamente, é preciso que a água apresente um pH ácido, o que provavelmente é atingido com a adição de sulfato de alumínio, na etapa de coagulação e adição de ácido fluossilícico após a filtração.
Além disso, é preciso um tempo de contato na faixa de 2 a 4 horas, para se realizar no reservatório da Estação de tratamento.
Caso o comprimento das redes adutoras seja muito longo, é necessário a recloração em alguns pontos da rede de distribuição.

6) Alcalinização
Esse processo tem por finalidade, corrigir o pH da água que será distribuída a população, através da adição de cal (hidróxido de cálcio), evitando assim que a água fique ácida, causando sérios danos não só a população, mas também nas tubulações que a água percorre até chegar nas residências.
Após ter atingido, finalmente as condições ideais de consumo, essa água é bombeada para um reservatório superior, de onde será distribuída à população.
O padrão de potabilidade da água tratada e consumida pela população de São Paulo, segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde, garantindo assim a inexistência de bactérias e partículas nocivas à saúde humana. Dessa forma, evita-se o surgimento de grandes surtos de epidemias, como a cólera e o tifo.

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